segunda-feira, 18 de novembro de 2013

18 - mirror (november photos #FMS)

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Olho-me ao espelho e nem sempre reconheço a miúda que lá está. Vejo-me crescida, mas muitas vezes ingénua. Sei que já passei por muito e são essas experiências que me moldam o caráter. Ainda assim não consigo ser bruta, dura e completamente racional quando é preciso. Há sempre os sentimentos que vêm à tona e me marcam a personalidade. Sou contida nas reações, mas não nos gestos.
É difícil ouvir-me dar gargalhadas sonoras (e tenho saudades disso!) e os meus sorrisos são meio tímidos. Também é verdade que quando choro nunca é durante muito tempo. Devo ter um sensor incorporado que impede isso. Já aconteceu precisar de colo e de mimo e isso não existir de forma nenhuma e com isso penso que realmente não adianta precisar muito das pessoas porque eles não estão lá! Fui eu que me afastei, bem sei, mas por motivos que dispensa explicações e não porque me tenha zangado com alguém!

2 comentários:

  1. às vezes mostrarmo-nos fortes e outras vezes indiferentes também provoca afastamento dos outros em relação a nós. e às vezes, por muito fortes que sejamos faz-nos falta uma palavrinha de alento, quanto mais não seja: estou aqui, não me esqueci, estou contigo.

    O afastamento não é entendido por todos da mesma maneira e, se calhar, todas as interpretações são válidas.

    Há muitas formas de receber colo e mimo; depende é da forma como leres essas dádivas- certamente às vezes estão a ser-te dadas, mas não da forma que estás à espera ou a tua sensibilidade pode não estar apurada o suficiente para as entenderes.
    Há pessoas com as quais podes contar. Basta quereres, Tenho a certeza disso.

    Beijinho

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  2. Eu tenho andado atenta a esses mimos nas pequenas coisas da minha vida, mas sei que às vezes afasto as pessoas... Tenho assim um mecanismo interno que impede que me envolva demais...

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